Tentativa aloprada

Na revista Veja desta semana:

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É sempre bom saber que não sou o único a ver com maus olhos e questionar fortemente as tentativas alopradas do nosso governo de emplacar o software livre em todas as áreas onde ele pode meter o bedelho. Aliás, meter o bedelho e ditar tudo o que pode (e também o que não pode) é coisa típica desse nosso governo pseudo-socialista e neo-liberal (esquizofrenia pura), fechado ao diálogo, ultra-estadista e com viés tirânico/ditatorial que chega a dar medo. Software livre por mérito, não por decreto!


Google Personalizado

Mais uma novidade do Google: personalizar a página inicial.

Nada muito diferente do que já existe por aí, como o My Yahoo.

Mas dessa vez é o Google.


Remova o suporte à JSP no ColdFusion MX

Algo que sempre menciono em documentos ou palestras sobre performance e segurança de ColdFusion Server: quando estiver usando o ColdFusion Enterprise em ambiente compartilhado (típico de provedores de hospedagem), remova o suporte à JSP. Hoje encontrei um post exatamente sobre este assunto. Leitura (e compreensão) altamente recomendadas.

Vale notar que, adicionalmente ao proposto pelo post e pela documentação, é interessante remover todas as extensões para .jsp, .jws e outras que não sejam inerentes ao CF e apontem para o JRun.


Word sabichão

O corretor ortográfico do Word (o mais avançado entre suítes de escritório) de vez enquando te faz rir com as sugestões. Esta, absolutamente sem sentido ou razão (mesmo matemática no texto em questão), me foi dada agora pouco:

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Os estressadinhos de aeroportos

Nos últimos dias foram 14 trechos São Paulo – Brasília – São Paulo, a maioria a trabalho, outras a lazer (tenho família em Brasília e gosto muito da cidade). Não que eu ache ruim, pelo contrário, adoro voar, aliás, voar deveria ser um direito de todo cidadão. Todos, sem exceção, deveriam fazer uma viagem de avião na vida. Voar é uma experiência maravilhosa e estimulante, traz à tona aqueles pensamentos do tipo “somos pequenos”, me faz lembrar do meu avô querido (um dos grandes pilotos da Varig), de férias merecidas, e outras boas lembranças (papo para outro dia). Por isso resolvi que era hora de escrever sobre que algo sempre me chama a atenção em aeroportos domésticos do Brasil: o clima fake-corporativo que impera, especialmente durante os dias de semana.

Já pararam para reparar que nas salas de embarque e no lounge todos se portam como pessoas muito importantes, todos tem pressa, todos estão muito ocupados, todos são meio mal-humorados? A julgar pelas caras, pelo tom, pela altura da voz ao celular e notebooks abertos, todos os negócios e decisões importantes são tomadas na correria do aeroporto. Não é à toa que aeroportos são os locais prediletos para clonadores de telefone celular (info: esse post é de 2005, tempo em que ainda se clonavam celulares…). É ridículo, mas 8 entre 10 pessoas que estão falando ao celular nestes lugares estão ligando para “resolver algo” que certamente poderia ser resolvido antes ou depois do vôo de 1 hora de duração, e cuja conversa sempre vem precedida de um comentário do tipo: “estou no aeroporto, embarcando para tal lugar”… O resto é mero detalhe. Estão todos sempre muito atarefados, todos sempre fazendo alguma coisa muito importante. Muitos só ligam para dizer que estão no aeroporto, ou abrem seus notebooks como quem diz “sou um executivo muito ocupado”, blá, blá, blá. A sociedade, as caras e as atitudes não mentem: valorizado é aquele sujeito sem tempo para nada, cuja vida é definida em blocos de 5 em 5 minutos, e os aeroportos são antros desse tipinho de gente.

E quando estes fazem aquela cara enfadonha quando enfrentam alguma fila? Oras! São filas menores que as que enfrentamos em caixas de supermercado! (ah, me esqueci, estas pessoas não vão a supermercados…). Mesmo assim, para dar a impressão blasé do tipo “não agüento mais andar de avião”, fazem aquelas carinhas de super-ocupadinhos-sem-paciência. Você identifica esse tipo de gente rapidamente no meio da multidão, a maioria usa aquelas tags/cartões de milhagem pendurados nas bolsas/malas, meio que para mostrar “o quão aborrecidos” por voar são. Sem falar nos olhares de reprovação para com passageiros que demonstram alguma dúvida ou estão hesitantes sobre qual portão embarcar, o que fazer com a bagagem e afins, “atrapalhando” o fluxo de engravatadinhos apressados como eles (como se o avião fosse partir deixando-os por lá). Um transe coletivo de gente estressada no melhor estilo “come sardinha, arrota caviar”. E isso vale mesmo para alguns que voam Gol e acham que estão fazendo o trecho Londres-NYC de Concorde…

Por falar em notebooks. Qualquer pessoa mais sensata sabe que usar o notebook no colo, seja na sala de espera ou na “poltrona” do avião, não é confortável, além de (normalmente) ser anti-produtivo (seu pescoço não dói?). Mesmo assim estão todos eles lá, abertos, com seus usuários fazendo “cara de conteúdo”, como se estivessem lendo o relatório ultra-secreto mais recente da CIA. Muitos sequer estão vendo alguma coisa, pois desviam o olhar a cada dois minutos (observe, você vai perceber o que digo). Um vôo entre Brasília e SP, por exemplo, demora 01h20. Entre pouso e decolagem você terá cerca de 45 minutos de tempo para usar o notebook. Nestes 45 minutos, certamente será interrompido de 5 em 5 minutos, seja pelo passageiro do lado querendo levantar, pela comissária te oferecendo alguma porcaria, pelo entra-e-sai dos banheiros, por uma chacoalhada do avião, pelas esbarradas do vizinho, whatever. Sendo generoso, te sobram 30 minutos de uso. Entre pegar o notebook da sua pasta no chão ou no teto, abri-lo, esperar carregar (ele vai estar na bateria, lembre-se), e começar a trabalhar, te restam uns 20-25 minutos ou menos. 25 minutos justificam a trabalheira que é abrir um notebook naquele aperto, correndo o risco de estragá-lo com os espirros de refrigerante do carrinho de serviço e as cotoveladas que você dará no seu vizinho? Pense bem. Não seja mais um destes “workaholics” que perdem tempo fazendo pose de gente importante, seja ao notebook ou ao telefone. Todos nós somos importantes, inclusive aquela família saindo de férias ou aquele senhorzinho que comprou uma passagem em promoção com meses de antecedência para visitar a família no nordeste. Pressa, ocupação e postura enfadonha, abobalhada, “de rotina” não são indicativos de importância, muito menos de status em um aeroporto. Se você pensa o contrário, sinto muito, você é apenas mais um ego no meio da multidão.

Aproveite o vôo para pensar na vida, refletir sobre as coisas que realmente importam nela. Ouça uma boa música no seu walkman (pode ser um iPod se você não quiser deixar de ser sofisticado). A 10 mil metros de altura você tem uma visão privilegiada do mundo, seja a vista das formações de nuvens, seja do chão. Sempre existe algo novo para se reparar e pensar (nem que seja pensar em nada), mesmo que você faça aquele trecho toda semana e este te pareça tedioso. O céu e a Terra nunca serão iguais em todos os vôos, tenha certeza. Procure voar logo de manhã cedo ou ao entardecer e também nas noites de céu claro (com Lua cheia é mais bonito). Ao se entregar àqueles poucos minutos em que você cruza os céus a 900km por hora, estará fazendo um bem muito maior que qualquer três ou quatro e-mails que você poderia preparar neste ínterim, inclusive para o seu negócio (que depende em essência da sua saúde e idéias). Voar é uma hora perfeita para refletir, uma hora de ter boas idéias, de desfrutar da sua imaginação, entre tantas outras coisas que só o ócio criativo, estimulado pela estonteante visão de estar entre o céu e Terra é capaz de produzir. Tem medo de avião? Use este tempo para domar o medo, ou mesmo para pensar na morte, pois ela virá para nós cedo ou tarde, calma ou violentamente, e teremos que enfrentá-la de alguma maneira.

Poucos sabem, mas eu sou piloto privado – tirei meu brevê em 1998 – e um aficionado por aviação. No dia em que for voar comigo, não fale de trabalho, fale da beleza de voar e dos benefícios desta experiência maravilhosa para a sua vida. Sempre que posso, vou na janela. Sempre que posso, escolho o lado em que o Sol vai se pôr (ou nascer). Sempre que posso, me comporto como a mesma criança que voou a primeira vez. Voar deveria ser um direito de todo cidadão. Uma visão e uma experiência destas não deve ser ignorada, nunca.

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Esta é a asa de um “triple seven” – uma máquina de sonhos… e com um pôr do Sol destes, como ignorar?
(clique para aumentar)


Tolice Open Source

É sempre bom encontrar programadores experientes e que vivem no mundo da realidade (focados em resultados) fazendo críticas similares às que faço sobre a ideologia e purismo exacerbado de alguns defensores do software livre. Com suas bravatas revolucionárias e sem aderência à realidade, acabam colocando o software livre na mesma categoria de coisas como religião, filosofia de vida e time de futebol.

Open Source Idiocy (Sean Corfied)


Update: JDBC drivers version 3.4

A Macromedia lançou ontem as novas versões (3.4) dos drivers JDBC para o CFMX 6.1, 7.0 e para o JRun 4.

Essa nova versão corrige alguns dos problemas encontrados, a maioria deles em relação a conexões com o Oracle.

O update é mais do que recomendado.


Flash Remoting no ColdFusion MX 7

Algumas pessoas tiveram e ainda tem problemas ao utilizar o Flash Remoting no ColdFusion MX 7.

A primeira grande mudança é que a versão 7 também já inclui o Flash Remoting MX 2004, com suporte a AS 2.0, e não mais utiliza o NetServices.as. Veja no Release Notes.

Uma outra grande questão, onde, pelo que vi, é onde está a maior parte das dúvidas, é que agora, ao acessar o endereço do gateway do Flash Remoting pelo browser não mais retorna uma página em branco como na versão MX 6, mas é redirecionado para http://servidor/flashservices, que retorna:

404 /flashservices/
/flashservices/

Nesse ponto, é criado uma entrada no arquivo de log flash.log:

"[Flash Remoting MX]->Request received was not Flash-based (not of the binary AMF protocol)."

Sua conexão foi recebida, mas não era do protocolo do Flash Remoting e por questões de segurança o CFMX7 retorna o erro 404.

Um outro ponto, abordado já há algum tempo pelo Forta, é que o ColdFusion pode montar a URL de forma errônea ao adicionar a variávei jsessionid (se esta for utilizada, óbviamente). Ele sugere adicionar um ? ao final, “preparando” a URL para receber a variáveis jsessionid

http://servidor/flashservices/gateway?

Uma outra novidade é que agora há listas de acesso, em que é possível especificar quais componentes do servidor poderão ser acessados via Flash Remoting. O arquivo de configuração desse e de outros recursos (o modo de configuração utilizado na versão 6 não é mais válido), é no arquivo gateway-config.xml. Veja mais informações sobre este arquivo na documentação do ColdFusion.


Ah, se fosse só o Linux

Leitura recomendada: Microsoft: Ah, se fosse só o Linux. Vale citar o exemplo das lojas Marisa. Empresas de verdade (e focadas em resultados) usam aquilo que é melhor para o negócio delas, seja open source ou proprietário, não importa, isso é mero detalhe. O que importa é o resultado. Ideologias e paixões são para amadores.


UOL com CFMX

Depois do Terra, o UOL, antigo crítico do ColdFusion Server (quem já teve contato com o pessoal da área técnica de parcerias sabe o que estou dizendo), quem diria, está usando ColdFusion MX. Certa vez (lá pelos idos de 2001) eu ouvi da boca de um sysadmin do UOL (daqueles xiitas sem muita noção) que eles nunca mais iriam colocar no ar qualquer coisa nova que fosse feita em CF, muito menos migrar qualquer coisa (eles tinham uns 3 ou 4 servidores em CF 4.5). Não só vejo cada vez mais sites de parceiros (e do próprio UOL) em ColdFusion, como vejo que eles atualizaram algumas aplicações do 4.5 para o MX (finalmente).