História de hoje: O Estadão e o PDF

O Estadão já teve boas dificuldades de uso de RSS para compartilhar conteúdo, chegando até mesmo até exibir as notícias com a fonte Courier New, para dar aquela impressão de “texto puro”. Hoje os feeds já funcionam corretamente e abondonaram aquela idéia de notícias com a fonte Courier. No geral, ainda podem melhorar, mas hoje o site está melhor do que foi no passado.

O site Estadão agora iniciou o relacionamento com o PDF.

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Eles só podem estar de brincadeira…


Meus 2 centavos de desilusão

Vale a pena ler e acompanhar a discussão deste post (especialmente os comentários). Ultimamente ando bem desanimado com as promessas de “Poder e produtividade” que foram feitas quando do lançamento da versão MX/Java do ColdFusion. Tenho a impressão que pouca coisa mudou na adoção da tecnologia de lá para cá (já se foram 4 anos). O CF continuou sendo usado como uma linguagem de script pura e simples (como PHP e ASP), nem tanto como plataforma integrada ao Java ou a qualquer outra coisa mais “enterprise”. Mais do que isso: tenho visto grandes usuários de CF nacionais (tenho até receio de comentar quais) desistindo da plataforma (em sua maioria por problemas de performance) e migrando ou para .NET ou para J2EE, sem considerar o CF como meio termo ou mesmo como “camada de produtividade” sobre J2EE. O que está errado? Estou apenas temporariamente desiludido?

Só o tempo dirá…


Cagadores de regra 2.0

Em primeiro lugar peço desculpas pelo título do post, mas eu sempre achei uma enorme bobagem tipificar e dar nomes “interessantes” para idéias (ou um conjunto delas), ou mesmo tecnologias novas (mas não tão novas assim), especialmente quando generalizam e forçam a barra para gerar uma nova “buzzword”. Uma nova buzzword para o mercado e para usuários leigos (muitos deles em posições de decisão de TI em grandes empresas). Uma nova buzzword apenas para alavancar negócios, vender livros e consultorias estúpidas (assim crêem os que defendem o termo – quando não o estão fazendo só porque o outro está fazendo, o famoso maria-vai-com-as-outras). Me deixa mais perplexo ainda quando estas idéias, conceitos e/ou tecnologias não são nenhuma novidade, apenas tiveram a poeira removida e ganharam uma roupinha nova (além do nome, claro).

O fato é que ultimamente muito tem se ouvido falar da tal “Web 2.0”. Bem, e o que é a tal Web 2.0? Use o Google, você vai encontrar um monte de definições (uma mais bonita que a outra), mas eu gosto desta aqui: “Web 2.0 It’s not a real concept. It has no meaning. It’s a big, vague, nebulous cloud of pure architectural nothingness. When people use the term Web 2.0, I always feel a little bit stupider for the rest of the day.”. Eu também, mas me recuso a ficar quieto e concordar com os cagadores de regra de plantão.

Web 2.0 não é “2.0”, não é novo, não é nada demais. Essa tal “Web 2.0” nada mais é que a evolução natural das coisas – e que não aconteceu do dia para a noite, nem foi “parida” (para não usar outro termo mais coerente com o título do post) por um guru ou empresa. Não se assuste, querem te fazer acreditar que a “Web 2.0” é algo revolucionário, novo, e que você e sua empresa precisam correr para não ficar para trás. Não caia nesta armadilha.

É hora de deixar de lado os modismos e guruzismos e continuar fazendo e construindo coisas que façam sentido (aplicativos web que efetivamente sirvam para alguma coisa) e que sejam fáceis de usar (experiência “rica”, “interessante”, “produtiva”, use o termo que desejar). Começar uma nova hype como que para “celebrar” a retomada de crescimento de investimentos em aplicativos web, no uso efetivo de tecnologias já existentes, ou simplesmente serviços que façam sentido e sirvam para algo (diferente das viagens lisérgicas de 97-200) serve apenas para confundir e inflar algo absolutamente natural e esperado, especialmente depois do colapso da bolha pontoCom. É algo que realmente não precisamos. A web 1.0, 2.0, 2.4 (turbinada e “tunada”), não é nova minha gente. Como já dizia Elvis: a little less conversation a little more action.

OBS: Leia a versão “2.0” deste post aqui.


Viciado em celular?

A revista Você S/A deste mês traz um especial sobre gadgets para trabalho, e eu fui entrevistado pela jornalista responsável pelo especial por conta de um smartphone que uso (um Sony Ericsson P900). Não achei que fosse ser publicado, mas para minha surpresa (e orgulho da mamãe) eis que saiu um quadrinho pequeno onde apareço com cara de nerd (e fazendo pose – seguindo as orientações da simpática fotógrafa) e contando o “causo” real onde o celular fez a diferença em termos profissionais (se bem que ter a férias interrompida não é lá uma coisa muito legal).

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Negando empréstimo para o estado

Vi no blog RTFM um notícia de um ano atrás, em que o BNDES negou-se a emprestar dinheiro para obras do metrô no Estado de São Paulo (o mais organizando financeiramento). Na situação, o governador era Geraldo Alckmin. Ao passo que algum tempo antes, o BNDES emprestou uma quantia no mínimo três vezes maior para a prefeitura de São Paulo (e a então prefeita Marta Suplicy), e ainda iria emprestar dinheiro para uma obra do mesmo tipo (metrô) para a Venezuela.

Último parágrafo da reportagem (que pode ser lida na íntegra aqui)

“Com a decisão de negar o empréstimo a São Paulo, a direção do BNDES passou a imagem de que agiu movida por interesses políticos. Isso porque Alckmin é o mais provável candidato do PSDB às eleições de 2006, em que o presidente Lula tentará sua reeleição. Até lá, graças a Mantega, é provável que a cidade continue parada e sem as novas linhas do metrô.”

Pois é, não é nada engraçado.


Dreamer

O primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes acabou de pousar em segurança (com cara de enjoado, é verdade, pois o retorno não é nada fácil, com pressões superiores a 6G’s, entre rodopios e outros solavancos) no deserto do Casaquistão. Este fato pode significar pouco para nosso país (mesmo em termos de ciência) e o investimento é questionável por muitos, especialmente do ponto de vista de prioridades no programa espacial brasileiro (este incluso), entre uma série de críticas que podem ser feitas. Porém olhando pela óptica estritamente humana, gosto de ver que Marcos Pontes é mais um exemplo de que vale a pena sonhar e fazer seus sonhos acontecerem. Devo confessar que realizei um sonho de criança através do vôo de Marcos Pontes e estou emocionado por isso.

Por muitos anos, quando ainda criança, intercalava sonhos e fantasias mistas de ser de piloto de avião, astronauta ou mesmo de ter superpoderes para poder voar (note: não como o superhomem e aquela roupinha ridicula), sonhos estes que abandonei ao amadurecer e enfrentar a dura realidade da vida, coisa aliás que 99% de nós fazemos, com exceção de alguns poucos perseverantes. O máximo que me aproximei deste sonho foi tirar o brevet (piloto privado) antes mesmo de da carteira de motorista (fato aliás que gosto de contar como vantagem para os amigos). Algumas horas de vôo sozinho em um CAP-3 (vulgo paulistinha) no interior paulista, nas proximidades de Sorocaba (onde brevetei em 1995) são umas das memórias mais vivas e emocionantes da minha vida. Hoje não voo mais, é muito caro e já não posso mais bancar tal sonho (serei eternamente grato aos meus pais pela oportunidade que me proporcionaram na ocasião). Por esta razão o vôo de Marcos à ISS foi uma espécie de flashback aos meus sonhos infantis.

Ter uma visão privilegiada (com os próprios olhos) do planeta onde vivemos deve ser uma experiência absolutamente indiscritível, reservada a homens de muita sorte. E um deles vêm de um lugar bem próximo de nós, de Bauru (lugar aliás para onde já voei sozinho). De um sonho de criança, passando de piloto de jatos, Marcos agora faz parte do seleto clube de seres humanos que já botaram o a cabeça para fora deste mundo e que trabalharam a vida toda para isso. Parabéns pela conquista e pela realização do seu maior sonho Marcos.

Este post é altamente off-topic e tem como fundo musical “Dreamer” do Supertramp. 😉

Aliás, se você se interessa pela exploração espacial, gosta de aviação e de outras coisas nerds do gênero, recomendo fortemente a leitura do excelente “Rumo ao Infinito” de Salvador Nogueira, jovem jornalista cujo texto é impecável e delicioso de se ler. O prefácio do livro inclusive é do próprio Marcos Pontes.

Update em 10/09/2009: eis que alguns anos depois deste post, conheci e tive um rápido bate-papo com Marcos Pontes – http://www.cfgigolo.com/2009/10/tietagem


Suspiro de bom senso

Telecentro de SP passa a ter software proprietário.

Usar a melhor solução em software (não importa o modelo de licenciamento) é melhor do que qualquer ideologia partidária e imposta. É sabido que o Windows tem muitos recursos (nativos ou de terceiros) para portadores de necessidades especiais. Por que não usá-lo então? Só porque é proprietário e é da Micro$oft (com cifrão, como a “comunidade” gosta de enfatizar)?

Isso é burrice e ideologia cega, não leva a lugar nenhum. Talvez apenas ao isolamento. É bom saber que o bom senso está voltando a prevalecer.


Será finalmente a hora de comprar um Mac?

Nada de workarounds e hacks complicados, perigosos (do ponte vista de estragar seu Mac) e ilegais (do ponto de vista de licenciamento de software). Agora você pode rodar o Windows XP nativamente no Mac e com o suporte da própria Apple.

Confiram o BootCamp: http://www.apple.com/macosx/bootcamp/

Próximo passo: ao invés de um simples dual boot, um triple boot, incluindo uma (ou mais) distros de Linux. Aí sim a Mac vai vender hardware como água pois será a única plataforma Intel que suporta nativamente (e oficialmente) os três maiores sistemas operacionais para desktop existentes.

Estou ansioso para ver testes comparativos de performance entre MacIntels e outros PC’s rodando Windows.