Casa de ferreiro, espeto de pau?

Hoje fui chamado no MSN por um amigo para ver algo bastante engraçado e que me fez lembrar as constantes críticas que a “””comunidade””” open source (quem lê meus posts sobre software livre sabe do porquê usar estas três aspas) ao software proprietário e em especial a qualquer pessoa que use software proprietário, como se isso fosse uma estupidez sem tamanho, digna de chacota. Afinal, quem usa software livre é muito mais “fodão” do que quem não usa (nós, os ótarios).

Pois hoje vou fazer o mesmo, só que vou fazer ao contrário… Eis que o Metrô de São Paulo, empresa que é mencionada em 9 de 10 comentários/artigos/posts como um case de sucesso do uso de software livre no Brasil tem seu site hospedado em ASP (isso porque o Metrô está migrando para software livre desde 1997…) e de forma absolutamente má configurada, insegura, bugada, bichada.

Basta acessar qualquer página interna do site para perceber isso. Em especial algumas, cuja extensão foi mudada de .asp para .shtml (talvez para “muquiar” o fato de rodarem ASP?). Basta olhar o código fonte e ver o código ASP, incluindo conexões SQL, caminhos absolutos de arquivos e se bobear, algum login e senha…

Depois dizem que software proprietário é inseguro por ser proprietário… Meus amigos, a velha máxima nunca foi tão verdadeira: não existe software inseguro, existem administradores, usuários inseguros… Na mão de um incompetente, qualquer software é inseguro, ainda mais na mão de quem arrota software livre mas come software proprietário…


How can I trust Firefox?

How can I trust Firefox?

Aos que não olharem com o cabresto irão reparar algumas verdades.

Mas ainda acho que muitos dos problemas de segurança ocorrem por usuários sem conhecimento e/ou experiência. Mas sua culpa não é total; ele é justamente um usuário, não tem que ter conhecimento técnicos, ele simplesmente quer realizar sua tarefa, seja ela qual for.

Vale a pena dar uma olhada no follow-up também.


Mais sobre software livre

Por falar no Podcast onde o Jonas menciona os debates sobre software livre em seu blog (Jonas, nossa discussão não foi com a questão de software livre, mas sim na dos padrões, lembra-se?).

Não é que fiquei famoso ao levantar algumas questões importantes sobre a adoção indiscriminada de software livre? Questões estas que são facilmente confundidas com “crítica ao software livre” por alguns leitores. São críticas sim, mas construtivas, assim espero. Tanto é que vou categorizar todos os posts relacionados em uma categoria chamada “Software Livre” (link e posts relacionados em breve).

Pois é… ir contra a corrente de revolucionários de língua afiada não é nada fácil, assim como não é fácil admitir que vota em PSDB para uma platéia de Petistas ferrenhos. Já perceberam como aquela filosofia do “se hay gobierno, soy contra” está fortemente arraigada na comunidade de “”defensores”” do software livre? Usei as duas aspas em “defensores” em respeito àqueles que realmente são defensores, sensatos, inteligentes e que realmente trazem sentido ao software livre. Uma minoria, infelizmente.

Estou farto dessa postura dos “”defensores”” de software livre de se considerarem os donos da verdade, os únicos seres iluminados capazes de enxergar o futuro (“o futuro é livre”, blá, blá) e ainda fazerem pouco caso daqueles que ousam contradizê-los ou questionar suas colocações e verdades absolutas. Se todas as teorias revolucionárias ou contrárias à situação fossem eficazes, se fossem reais soluções para nossos problemas e dilemas, tal como são apresentadas e pregadas, certamente estaríamos vivendo de maneira diferente, de maneira melhor. Para mim o buraco é mais em baixo. Não existe fórmula perfeita. Não existe linha reta, não existe uma verdade absoluta. Tudo é absolutamente relativo (notem o paradoxo desta afirmação).

A minha “birra” com software livre NÃO É com o software livre, mas com a “”comunidade”” que o promove, da forma como promove, e isso inclui medidas ditatoriais por parte do nosso “gobierno”. É estranho ver que estes “”defensores””, que tanto pregam a liberdade, podem concordar com um governo que coloca questões meramente pessoais e ideológicas à frente de questões técnicas e da boa e velha razão/ciência. Nosso governo insiste em ir no caminho contrário, fazendo uso inclusive da força da máquina política (opinião pessoal) com um projeto de Lei altamente questionável IMHO (mas aplaudido pela “”comunidade”” de software livre). A proposta de tal Lei inviabiliza empresas e pessoas da área técnica tomar a decisão de utilizar aquilo que julgam ser tecnicamente melhor. O governo agora é que dita o que é bom e o que é ruim na nossa área. É mais ou menos como baixar uma Lei proibindo o uso de fertilizantes sólidos na agricultura porque de uma hora para a outra um dirigente, chefe de gabinete, doido varrido qualquer (ou um grupo destes) acha (com bases técnicas pífias e falhas – papo longo para outro dia) que o melhor é usar fertilizante líquido, pois vai promover e melhora a indústria de aviação agrícola nacional, blá, blá.

Ainda bem que tal Lei dificilmente será aprovada. Bom saber que ainda existem resquícios de razão em nossa sociedade. Agora, que enche o saco aturar estes birutas metidos a revolucionários, donos da razão, ah enche.

Já disse isso aqui (e em outros lugares) diversas vezes: sou a favor da razão e da técnica em detrimento à ideologias e à política.

Leitura indicada (com ressalvas, afinal tudo é relativo) – http://criticalinux.blogspot.com/.


Descobertas várias falhas graves na linguagem PHP

Fiquem atentos e atualizem seus servidores!

Descobertas várias falhas graves na linguagem PHP


Software livre, governo e uma boa discussão

Não deixem de conferir o post e comentários posteriores desta bela (mas ao mesmo tempo prosaica) discussão:

http://jonasgalvez.com/br/blog/2004-09/influenciadores

Interessante notar que o foco está nas atitudes do nosso governo em relação ao software livre, e não ao software propriamente dito.


Software livre e investimento público

Hoje encontrei na versão impressa da revista InformationWeek Brasil (Ago2004) um excelente artigo de Roberto Carlos Mayer. Artigo que expressa em poucas palavras, diretas e retas, quase tudo aquilo que penso sobre a “molecagem” que está sendo a imposição de software livre no governo brasileiro. Software livre promovido à força, sem argumentos técnicos coerentes e verdadeiramente práticos (em oposição à bela e pura teoria), no melhor estilo goela-abaixo da ditadura, é mais um devaneio ultranacionalista de quem não tem o menor comprometimento com à realidade. Não é de se espantar que venha de um governo que esteja querendo instalar no país um tal de “Conselho Federal de Jornalismo“… (sobre isso é melhor nem comentar).

Para Roberto, (…) “O simples investimento de dinheiro público em projetos de software livre não traz resultados práticos: apenas nos levará a gastar o nosso dinheiro público e continuar a pagar licenças de software estrangeiro com nosso dinheiro privado.” (…)

Eu assino em baixo. Se você também pensa assim, leia o artigo:

Software livre e investimento público


Prateleira e sensatez

Já que estamos numa semana de amenidades aqui no CFGIGOLÔ, com posts bonitinhos, com fotos mas sem muito conteúdo (também pudera, tivemos alguns paus em posts falando sobre a polêmica do SL no governo) vai mais um (para encerrar a série):

softwares.jpg
Depois tem gente que me manda e-mail anônimo xingando e dizendo que duvida que eu já tenha colocado a mão no bolso para pagar por uma licença de software da Macromedia…

O problema destas pessoas é que eu não tenho medo de falar (assinando em baixo) o que penso sobre o radicalismo de alguns “socialistas” do movimento open source, que insistem em validar uma idéia, que pode até ser boa (repito: não tenho nada contra a idéia, mas sim contra as atitudes), na base da ignorância e da falta de argumentos (sem falar na dose pra lá de chata de bullshitismo anti-Micro$oft (com cifrão e tudo))…


“Radicalismo Ideológico”

O Sr. Sérgio Amadeu e os erros do radicalismo ideológico

Baboo fala mal da comunidade Linux e Sérgio Amadeu

Cada um que tire suas próprias conclusões…


Se o software livre é a resposta, então por favor me diga qual é a pergunta?

Normalmente, as pessoas acreditam que mencionar a expressão “software livre” numa sala cheia de programadores vai provocar uma reação unânime de aprovação. Mas durante o debate Big Question, promovido ontem pela Sun Microsystems durante sua conferência JavaOne para discutir os prós e os contras da abertura do código do Java, o código controlado pareceu ser mesmo o método de desenvolvimento preferido dos participantes.

Vale a pena ler:

Um debate sobre o Java aberto


Molecagem no governo

Na mesma linha do post que o Terracini fez esta semana, vale a pena ler o que a ideologia e o entusiasmo cegos (e consequente falta de profissionalismo) produzem no governo nacional. Será que é com a mesma doutrina e radicalismo que se toca outras questões no país? Na economia sabemos que não (ao menos isso!), mas em outros campos… dá-lhe demagogia e utopia… Chega de tenta-se enfiar goela abaixo modelos que existem apenas em teoria e ainda precisam amadurecer muito antes de virar regra (como muitos querem crêr).

O PINGÜIM AVANÇA – Cresce o número de empresas privadas que adotam o Linux. E o governo federal resolve comprar briga com a Microsoft.

MS pede explicações a defensor do software livre

Por favor, usemos a cabeça. Se um determinado software livre é melhor em certas circunstâncias (eg. servidores) que usemos, ótimo, excelente e mais do que adequado. Mas não extrapolemos esta vantagem em um determinado campo para outros, como por exemplo, desktops, suítes de escritório e afins. Neste, é mais barato e sensato continuar usando tecnologia proprietária: Mac e Windows dão uma surra no pingüim neste quesito. Apenas usuários extremamente avançados (não no sentido de inteligência e conhecimento, mas de bitolagem) discordam. Bom senso deve prevalecer, fora o radicalismo.