Viciado em celular?

A revista Você S/A deste mês traz um especial sobre gadgets para trabalho, e eu fui entrevistado pela jornalista responsável pelo especial por conta de um smartphone que uso (um Sony Ericsson P900). Não achei que fosse ser publicado, mas para minha surpresa (e orgulho da mamãe) eis que saiu um quadrinho pequeno onde apareço com cara de nerd (e fazendo pose – seguindo as orientações da simpática fotógrafa) e contando o “causo” real onde o celular fez a diferença em termos profissionais (se bem que ter a férias interrompida não é lá uma coisa muito legal).

Eu realmente gosto do brinquedinho (aliás, o modelo que tenho não é o P910 como saiu na reportagem, mas sim o P900 – com suporte à Flash Lite 1.1), mas quem me conhece sabe que eu não sou de ficar de papo furado (aliás, sou até meio grosso ao cortar a conversa mole). Cheguei até a cancelar o serviço de caixa postal, pois sou partidário do “se tiver que deixar recado, já vai ser tarde demais, e se precisar realmente falar comigo, aquela não é uma boa hora”. Em resumo: não sou viciado em celular, mas em bugigangas. Acho que a jornalista ficou impressionada quando me perguntou quantos aparelhos de celular eu já tinha tido e eu respondi na lata que eram 5 ou 6. Pensando bem, isso não é nada perto de verdadeiros heavy-users de celular que existem por aí. Conheço gente que já trocou de aparelho muito mais do que isso, ainda mais quando esta é uma tecnologia bastante difundida (quase todo brasileiro com renda acima de 2 salários mínimos tem um celular) e relativamente antiga (em 1993 os tijorolas já estavam por aí). O apelido de “viciado em celular” não cola muito para mim, mas como aparentemente esse lance de ser “viciado” em coisas que remetem o trabalho está na moda, quem sabe eu não recebo um aumento? 🙂

Vale notar que o P900 em questão foi presente de Natal do meu irmão, que hoje usa um Blackberry/TIM.

Para finalizar preciso frisar duas coisas importantes:

1) Apesar de ter sido entrevistado para uma reportagem da revista, não significa que eu seja leitor da mesma. Eu tenho uma opinião um pouco ácida com relação a revistas desse tipo. Para mim a Você S/A é uma espécie de Capricho do mundinho corporativo… Precisa ter estomago para ler, apesar de algumas reportagens serem interessantes. Sem ofensas, é o que eu penso.

2) Não, não rolou maquiagem nem photoshop, eu tenho essa cara de moleque mesmo. Apenas tomei o cuidado de fazer a barba direito (leia-se: usando uma gillette nova) no dia da foto (feita aqui em casa).