I Encontro Microsoft com Blogueiros

Dia desses recebi um convite para participar de um evento da Microsoft com blogueiros, com telefone para contato e tudo mais. Achei a idéia interessante, e curioso que sou, confirmei minha presença no evento mesmo sem saber ao certo do que se tratava, afinal tudo era dito de modo bem aberto: “bater um papo sobre tecnologia”. Imaginei assuntos relacionados ao Adobe Flex/Silverlight/RIA (assuntos deste blog), propagandas em blogs (no estilo AdSense e com alguma relação à aquisição da aQuantitative) e até mesmo aquele papo que rolou de dar notebooks com o Vista para testar…

Eu imaginei um evento grande com dezenas de blogueiros, mas me surpreendi quando na recepção do evento vi uma lista com pouco mais de 10 nomes. Não vou negar: fiquei contente ao ver o CFGigolô figurar em tão seleta lista! 😉

O idealizador do evento foi o Galileu Vieira, Gerente da Inovação da Microsoft Brasil. A idéia, segundo ele, é possibilitar que os nossos blogs sejam fornecedores de notícias fresquinhas, tal como o Engadget.com, com o que há de mais recente em termos de tecnologia. Como primeiro evento, Ricardo Wagner (Gerente de Produto do Windows) e Pedro Bojikian (Supervisor de Marketing de Produtos Windows) mostraram alguns recursos do Windows Vista. Bruno Nowak (Gerente de Desenvolvimento de Novas Tecnologias) também estava por lá.

No começo achei um tanto quanto simplório, mostrando “funcionalidades” como a interface Aero e outros recursos visuais, mas a medida que o tempo passava, eles foram mostrando algumas outras coisas realmente bacanas e inovadoras, principalmente do novo Windows Media Center, mas nada que quem tenha essa edição já não tenha brincado com essa edição não conheça. O importante para mim aqui não foi necessariamente mostrar coisas que eu não conhecia, e sim dar importância para funcionalidades (aqui sem as aspas) que realmente podem fazer a diferença.

Eles também demonstraram um XBox (que tem uma aparência elegante e pode figurar em uma sala de televisão) acessando fotos, vídeos e música em um computador com o Windows Media Center (que está em um desktop e não necessariamente está na sala de televisão..), através do Media Center Extender (e portanto via rede) atuando como um centro de entretenimento. Eu realmente desejei ter uma configuração dessas em casa! 🙂

É comum ouvirmos pessoas falando que a Microsoft copia (e copiou) muita coisa no mundo da tecnologia. Isto até pode ser verdade em algumas situações, mas vocês já usaram o Windows Media Center? Com controle remoto? Já usaram o Office 2007? Vejo nestes softwares belos exemplos de como a Microsoft se preocupou em fazer algo que realmente poderia mudar e melhorar a forma como as pessoas desenvolviam suas atividades. É a Microsoft levando a experiência do usuário a sério.

Esse foi o primeiro de uma série de eventos que a Microsoft pretende realizar, divulgando informações para blogueiros, que por sua vez, possivelmente vão reproduzir através de seus blogs. Embora isso seja meio óbvio, ao ver o envolvimento de uma empresa de “análise de comunicação boca-a-boca“, fica evidente que a Microsoft vê blogueiros como grandes produtores e disseminadores, não só de conteúdo, mas também de opinião. Para termos uma idéia da importância que foi dada a essa iniciativa, Michel Levy, Presidente da Microsoft Brasil também esteve por lá para dar um alô para nós.

É ou não é uma atitude de respeito?

Atualização: Estavam presentes no evento, além de mim, o Alexandre Fugita, que escreve no TechBits e MeioBit, Beatriz Kunze do blog Garota Sem Fio e seu colega Gustavo, Mario Amaya do MarioAV, Marisa Toma do Objetos de Desejo, Nick Ellis do Digital Drops e Rodrigo Ghedin do WinAjuda.


Três pontos

“No one can remember more than three points.”

– Philip Crosby, pioneiro no gerenciamento de qualidade.

Eu sempre lembro dessa frase quando vou preparar uma apresentação.


Isso é conversa fiada!

O assunto já em alguns blogs que acompanho (aqui e aqui lá pelo meio do texto), mas o Paulo Henrique Amorim realmente pisou na bola durante a Conferência Web 2.0, afirmando que o conteúdo gerado pelos usuários não é bom, e precisa ser controlado.


“Em um certo ponto, internautas começam a dialogar com eles mesmos, ignorando o texto original. Estou ciciado nisso”, disse.

O jornalista acredita que o conteúdo vindo dos usuários deve passar por um filtro de edição para garantir a qualidade do conteúdo. “Há necessidade de editores competentes para controlar o fluxo”, afirmou.

A única coisa que ele conseguiu foi fazer com que os ditos usuários burros mostrassem para o mundo o quanto ele é “inteligente” em termos de Internet.


Frase do dia

“It takes one hour of preparation for each minute of presentation time.”

– Wayne Burgraff, filósofo americano


Frase do dia

“A H2OH está vendendo que nem água!”

– Um parente, ao afirmar o quanto a Pepsi está se dando bem com sua, como ela mesma qualifica, “água de sabor” ou “refrigerante de baixa caloria”, como a Coca Cola afirma que o H2OH é, e a processa por isso. O H2OH é o antigo 7Up.


Microsoft Silverlight com partes open source

“Microsoft adds open-source twist to Silverlight”

Vi no InfoWorld que a Microsoft disponibilizou como open source o suporte a linguagens dinâmicas, como Python e Visual Basic, no Silverlight (que serão executadas em tempo de execução). Há planos de incluir suporte a Ruby também.

Mais informações na notícia original.


Adobe Flex é Open Source! E agora?

O dia 26 de Abril passado foi um dia histórico. O dia em que a Adobe anunciou que uma grande parte do que envolve o Flex será open source (sob a Mozilla Public License). Os componentes do Flex já tinham o seu código disponível para a comunidade visualizar e estender, mas não eram oficialmente licenciados como open souce. Agora, além dos componentes, outras peças importantes da tecnologia, dentre elas o compilador e o debugger (escritos em Java) serão open source.

E por que? Por que a Adobe fez isso?

Um dos motivos mais citados que eu tenho visto é o medo da competição do Silverlight, da Microsoft, chamado por alguns de “Flash-killer”, inclusive pelo anúncio do Flex open source ter sido poucos dias após a Microsoft anunciar oficialmente o Silverlight. Outrora este era conhecido por WPF/E, e o “E” é de “everywhere”. Ou seja, já era sabido da intenção da Microsoft de ter uma tecnologia de apresentação cross-platform.

A Adobe pode até temer uma competição do Silverlight, mas a decisão de ir para open source está longe de ser exclusivamente por causa disso. Mas então…

Para atrair desenvolvedores! Ponto. Pode parecer uma abordagem estranha. Será que a Adobe não deveria conquistar as empresas? Sim, é claro que deveria, e o potencial da ferramenta, cases e estatísticas já o fazem. Mas são os desenvolvedores que efetivamente transformam todo esse potencial em softwares de verdade.

É errado achar que apenas as empresa tem o poder de determinr a popularização de uma tecnologia. Os desenvolvedores também tem seu papel. São eles serão seduzidos pela tecnologia. Eles que formarão uma base de desenvolvedores para que uma empresa sinta-se confortável em usar algo (e não ficar na mão depois). Eles que terão que aprender algo novo. Eles podem transformar algo novo e diferente em algo fácil e produtivo. Já repararam que há livros sobre tecnologias da Microsoft que ainda estão em beta? E a Adobe continuara a dar suporte corporativo para aqueles que desejarem, mantendo a confiança de seus clientes.

A estratégia da Adobe tem se mostrado aos poucos, inclusive sob a forma de uma transição no modo como a empresa lida com suas tecnologias. Primeiro a drástica mudança no licenciamento do Flex, SDK gratuíto, Tamarin, e agora o Flex será open source.

Nada disso foi feito por acaso. A Adobe está se empenhando muito no Flex, e ele é peça fundamental da estratégia da Adobe, assim como o envolvimento da comunidade. As comparações com o WPF e o Silverlight agora não serão exclusivamente no mérito técnico – hoje as convicções e o modo de pensar dos desenvolvedores tem peso o suficiente para decidir sobre o futuro de uma tecnologia.


Áudio remoto

Eu fiquei um tanto decepcionado com o Winamp Remote, serviço que prometia facilitar tocar as suas músicas de onde você estivesse. Além de exigir um login, liberar portas no firewall, trafegar os dados pela Internet (e não pela rede local), as minhas tentativas com o serviço não funcionaram corretamente.

O que eu queria era simples: dar play nas músicas no notebook e elas serem reproduzidas no computador desktop, que está ligado a uma bela aparelhagem de som, como se fosse um “remote audio device”. Achei um plugin com o sugestivo nome de Cool remote sound server for Winamp. Você deixa um serviço rodando na máquina onde o som deve ser reproduzido e aponta o plugin do Winamp para esse computador, via rede local. Simples, sem grandes instalações e pouco intrusivo. O plugin não funciona muito bem com o crossfade, mas é algo suportável.

Agora posso controlar o som da casa com o notebook, de onde eu estiver, sem precisar ir até a frente do computador e sem gastar dinheiro com aparelhos de som e caixas de som Wi-Fi.

Um outro plugin que pode ser útil para o cjunto é o fast Output Selection, que permite a rápida troca entre a saída de áudio, seja dispostivo do notebook ou para o servidor remoto.


Desacoplai!

“Se os programadores fossem como os religiosos fanáticos, seria muito mais fácil ensiná-los a programar direito. Bastaria para isto lançar mão de um dogma do tipo: Desacoplai irmãos! Ou arderás no fogo do inferno onde tudo que terás será um 486 com Windows 95 e sem as teclas CTRL + ALT + DEL.”

– Seavon Kceb e Inicarret Oibaf, uma dupla de desenvolvedores frustrados com o código alheio.


Frase do dia

“The bug is on the table!”

– Beck Novaes, as 8:00 da manhã de um sábado, se preparando para dar um treinamento junto comigo, depois de aprimorar a sua capacidade de inventar piadas durante o sono.