Face it: Linux is insecure

Nem tanto… Mas mesmo assim é algo que eu sempre digo: não existem sistemas seguros, existem usuários e administradores inseguros. Linux is insecure. Open source is insecure. Windows is insecure. All software is insecure. Leitura óbvia, mas ainda sim recomendável: Face it: Linux is insecure


Adobe ameaça processar Microsoft por truste

Lembram-se de que o CEO da Adobe disse sobre a Microsoft ser o grande inimigo da nova Adobe (após a aquisição da MM)? Pois bem, parece que a guerra começou…

Uma disputa em torno do método como a suíte Office vai usar a tecnologia que cria arquivos PDF pode levar Microsoft e Adobe a uma disputa judicial.

http://info.abril.com.br/aberto/infonews/062006/05062006-0.shl

Já tinha visto em outros locais, mas em português é a primeira notícia. Eu acho que a tecnologia PDF já é aberta o suficiente para figurar em acordos e outros enroscos judiciais entre a Adobe e qualquer outra empresa. Até onde estou sabendo sobre o caso, a Adobe não tem razão de reclamar (imho). Se assim fosse, deveria fazer o mesmo com os inúmeros outros programas que incluem geração e leitura de PDF de forma gratuíta e embutida. A começar com o concorrente mais direto do MS Office: o OpenOffice. A impressão que se tem é que só importa à Adobe (por poder afetar os seus produtos da linha Acrobat) quando se ganha escala (caso da suíte Office). O resto é muito pequeno para se preocupar. Não deveria ser assim. Vale para um, vale para todos. E lembrando: eu acho que a Adobe não tem direitos que julga ter sobre o padrão PDF.


Revista INFO deste mês

Hoje chegou a revista Info deste mês aqui em casa. Nem era preciso olhar para a cara dela para saber do que se tratava. Batata: Web 2.0. Pode ver, neste mês, quatro entre 5 revistas de tecnologia estarão dando algum destaque a qualquer coisa que leve o termo Web 2.0, AJAX ou qualquer outra palavrinha da moda, dê um pulo na banca de jornal para conferir. Fui ler (afinal eu pago a assinatura da dita cuja para alguma coisa), mas tive que parar antes mesmo de começar. A chamada para a matéria era: Apague o que você aprendeu sobre internet até agora. Está começando uma nova revolução digital…… haja. Pulei direto para os exemplos máximos da tal “Web 2.0 turbo 16V”.

Deus do céu… o que é que sites como Digg.com, Flickr.com, etc, etc tem de tão revolucionário que me obrigam a apagar tudo o que eu aprendi sobre internet até agora? Ok, vamos ver…

Conteúdo participativo? Hmmm… ok, eu frequentava e participava da usenet nos tempos de USP (1994,95). Aliás, foi num servidor NNTP do UOL que eu conheci o Fabio Terracini, em 1997. Se conteúdo participativo é uma revolução, ela aconteceu há um bom tempo, e é base inclusive para o sucesso da grande rede (onde qualquer um pode publicar qualquer coisa, informação). Definitivamente, não é um conceito novo, ele apenas ganhou escala, tal como a própria internet. Softwares 100% online? Hmmm… lá no escritório eu uso um mouse pad velho, sujo e rasgado datado de 1999 (não sei como ele resiste tanto tempo). É um mouse pad da Sun onde se lê: The computer is the network… Sugestivo não? A diferença é que em 1999 não havia banda suficiente para fazer valer esta idéia. Será que hoje temos? Sei não… basta olhar a realidade brasileira em termos de opções de conectividade. Ok… vamos em frente: consumir conteúdo e/ou recursos de outros lugares no seu próprio aplicativo/site? Mashup? Scramble eggs?… Há quanto tempo você escuta falar de WebServices, de SOA, e afins? O conceito é antigo e bastante simples: integrar aplicativos, ponto final. Mas tem sempre gente disposta a engrossar o caldo da sopa de letrinhas…

Claro, a web (mais especificamente, a malha global TCP/IP) vêm sendo usada como meio de transferência destes dados cada vez mais, barateando e (principalmente) aumentando o alcance disso, não há como negar. Ainda sim, vale lembrar: em 1999 eu fiz um aplicação em CF que consumia a informação de taxa de câmbio do Yahoo! Finance e a usava numa aplicação financeira que eu, programador amador e virgem de tudo nessa área estava fazendo. Ainda em 1999 o IE 4.0 trazia um treco chamado “Active Channel”, que possibilitava você ler coisas no seu próprio browser, sem precisar sair caçando a informação em links e afins. De novo: conceito velho, roupinha nova. A lista vai longe, mas paro por aqui.

A reportagem da INFO ainda tem o destampero de dizer que “No mundo da Web 2.0, pouco importa onde está o usuário: num PC, num celular ou em qualquer outro dispositivo que entenda a palavra rede…“. Celulares, claro… Afinal, eles são exemplos máximos de usabilidade e portabilidade. Eu mesmo, feliz proprietário de um smart phone “puro sangue”, nem sei por que ainda uso notebook e computadores com sistema operacional. Hoje você pode ter seu escritório num celular, digo: na Web, via celular. Fantástico! Se não fosse absolutamente fora da realidade.

A questão me parece bastante simples: a tal Web 2.0 é nada mais, nada menos que a mesma “Web 1.0” em escala maior e amadurecida. Amadurecimento este que veio principalmente em decorrência do maior volume de usuários e informação disponível, muito pouco por novas tecnologias e conceitos (aliás, quase nada, visto que a velha arquitetura HTTP, request-a-request continua sendo a mesma, apenas escamotearam a coisa usando JavaScript e XML “assíncrono” (AJAX), com uma bela pitada de marketing). A Web 2.0 é a concretização (em partes) de todas as promessas não cumpridas pela “Web 1.0”. Promessas feitas pela primeira leva de “gurus” e teóricos da chamada “revolução da informação” que fizeram muita grana em cima de investidores incautos e sedentos por fazer parte do oba-oba momentâneo, sem entender muito bem o porquê e para quê. A Web 2.0 é apenas uma jogada de marketing para inflar (de novo) o mercado de internet e de “killer sites/apps”. Por falar em marketing e buzzword, não é a tôa que Tim O’Reilly já correu para patentear o termo “Web 2.0″… Não se preocupe com a patente. Simplesmente não use ou mencione o termo “Web 2.0” (nem mesmo Web 3.0). Use o termo “Web 4.0” ou qualquer outra baboseira do gênero e lance moda meu chapa! Os investidores vão correr atrás de você, na ânsia de reaver tudo o que eles perderam no boom da bolha em 2000/2001…

Leia também:

[1] A versão 2.0 deste post;
[2] E claro, a versão 1.0 deste post…


Confusão com GoLive e FreeHand

Segundo esta nota no site da MacPress (que linka para a MascsimunNews, que por sua vez linka para para a MacGeneration), um funcionário da Adobe Systems France anunciou em um evento que a Adobe descontinuaria o GoLive e o FreeHand, o primeiro oriundo da Adobe, e o segundo da Macromedia. No dia seguinte, uma notícia também no MacPress anuncia que a Adobe desmentiu a descontinuação (e que linka a MacWorld, …)

Bem, basta ler essa última notícia do MacPress para saber que a Adobe descontinuará os produtos, um dia. E isso faz um grande sentindo, já que o Illustrator é mais completo e detém mais mercado do que o FreeHand (disparado, diga-se de passagem). O Illustrator, junto com o CorelDraw, é um dos preferido para desenho vetorial. O mesmo válido para o Dreamweaver, que é um grande e completo software para desenvolvimento de websites. Ou melhor: como “descontinuados” parece dar uma visão pejorativa, serão integrados com seus respectivos produtos líderes, mais populares e fartos em funcionalidades. Assim como, um dia, o PDF e a Flash Platform também irão se integrar (vide a plataforma Adobe Apollo).