Safari no Windows. E a Adobe com isso? E eu com isso?

Muito tem se dito sobre o lançamento do Safari, popular browser da Apple, agora com versão para Windows. A aposta mais comum (e certeira ao meu ver) é que a Apple lançou o Safari também para Windows para possibilitar que mais desenvolvedores criem conteúdo e aplicativos para o iPhone, que usará o Safari como base. Eu já havia comentado por aqui sobre atrair desenvolvedores e a Apple foi muito sábia nessa decisão.

Mas depois eu comecei a observar melhor o que está acontecendo, e não é pouca coisa. A Adobe e o Google estão trabalhando juntas para possibilitar aplicativos offline. Anteriormente conhecido como Adobe Apollo, o Adobe AIR possibilita aplicativos offline, assim como o recém lançado Google Gears, e ambos trabalham com a mesma base tecnológica (SQLite). A Adobe usa no Adobe AIR a engine HTML open source WebKit, que é a base do Safari, engine esta que também será a base do iPhone. O Google paga uma certa quantia anúncio clicado através de uma busca feita pelo Google Toolbar no Safari, então desenvolver o Safari certamente não é um custo.

Para a Adobe, uma versão do Safari para Windows é ótimo! Muito mais pessoas estarão aptas a desenvolver aplicativos compaptíveis com o WebKit, e portanto compatíveis com o Adobe AIR e com o iPhone.

E mais ainda, a Adobe também contribuiu para a Mozilla o projeto Tamarin, que em um futuro próximo deve incrementar ainda mais o JavaScript e aplicativos escritos em AJAX. Fico pensando como seria interessante se o Tamarin também fosse integrado ao WebKit (e eles já cogitaram isso!), afinal por enquanto as aplicações para iPhone serão via Safari, mas sinto cheiro que em breve teremos algo em Flash no dito cujo.