Sobre Firefox

Prometi e estou cumprindo. Há cerca de quase um mês estou usando como browser padrão o Firefox 1.0 PR. Muitas pessoas acham que eu tenho alguma coisa contra software livre, devido à inúmeras críticas que fiz (e faço) ao modelo de adoção de software livre pelo nosso governo. Que tenho alguma coisa contra o firefox, devido às críticas que fiz à seguir padrões rígidos e absolutos num ambiente volátil como a web. Enfim, as pessoas acham que eu sou contra um monte de coisas, mas a verdade é que quem me conhece sabe que eu sou cara pacífico e sem neuras. Só não gosto de radicalismos e historinhas para boi dormir. 😉

Minha história com browsers começou com o Netscape 2.0 (que vinha em três ou dois disquetes do UOL), passou pelo Netscape 3.0 Gold e Navigator 4.x que eu usava quando a Microsoft lançou o IE4, um browser gratuíto e muito superior ao Navigator 4.x. Desde então usei o IE por dois motivos: (1) ele era o melhor browser até o lançamento do Mozilla (versão 1.0 acima), (2) eu trabalhava em um lugar onde usavamos muitas firulas em ActiveX.

Nos últimos meses, com o surgimento do Mozilla (enginee que eu ajudei a fazer, postando bugs enquanto muitos que hoje arrotam sabedoria e experiência ainda nem sabiam como se conectar à internet – aliás, voltei um backup de 1998/99 onde encontrei esta pérola aqui.) a realidade de “qual é o melhor browser” pode ter mudado. Para mim o IE 6.0SP1 continuava sendo o melhor por conta do suporte à ActiveX. Sempre digo: o “bom” é aquilo que melhor atende a você e sua empresa. Em tecnologia deveríamos, sempre, pensar desta maneira.

Eis que em Setembro não vi mais necessidade de usar o IE e decidi experimentar o tão falado e endeusado Firefox para valer (leia-se: usá-lo TODOS os dias). Gostei do dito cujo e a experiência não mudou muito da de usar o IE, exceto por alguns sites (aliás, muitos) que não funcionam direito, me obrigando ainda a abrir o IE em muitas ocasiões. O software é leve e sóbrio, bastante agradável. Senti falta de alguns ajustes, especialmente nas barras de links e de busca (muito pequena, e até agora não encontrei um meio de aumentá-la). Em resumo: trata-se de uma excelente opção ao IE para aqueles que podem viver sem ele (devido aos recursos de ActiveX ou outros mais prozaicos).

Dito isso, só me resta perguntar: alguém sabe como aumentar a largura da barra de busca (Web Search/Google) padrão do Firefox?? Tentei algumas dicas que Googlei, mas elas não funcionaram para o Preview Release que estou usando.

BTW: quando a Microsoft lançar um browser melhor para mim e minhas necessidades, eu volto a usá-lo. Se uma outra empresa e/ou organização fizer outro melhor, mudo para ele, ad eternum. É assim que as coisas deveriam ser. Fora modismos, radicalismos e outras chatices do mesmo saco.


One Comment on “Sobre Firefox”

  1. Luiz Rocha disse:

    Acho que uma boa parcela do pessoal que visita o CF_GIGOLÔ e fica te pentelhando tem bom conhecimento das suas posições e opiniões, Alex. É que é muito divertido te aporrinhar.

    Quanto aos padrões, a minha opinião é simples. Eles devem ser respeitados. Não como uma barreira intransponível para o progresso (RIA?), mas como a base de todo um trabalho.

    Atender aos padrões Web não tem que ser um diferencial de um site, de um navegador ou de qualquer produto web. Tem que ser o ponto de partida. A Web, como ambiente volátil que vc mesmo citou, pode absorver quaisquer novidades e avanços tecnológicos.

    Mas para que esse avanço seja sustentável, para garantir que a gente sempre possa acessar as informações, independente do meio que utilizamos para isso, um padrão rígido deve ser estabelecido e tem que servir de base para esse desenvolvimento.

    Minha opinião apenas. Ridicularize-a como quiser. 🙂