ColdFusion 8 – Algumas novidades

A versão Alpha 2 do Scorpio (codinome para o CF8) já está rolando. Eu ando bem afastado do jet-set mas já pude testá-lo de forma descompromissada (basicamente testando aplicações existentes, sem me aprofundar em recursos novos). Me ocorreu o óbvio: preciso contar (na verdade recontar porque muito já se falou na MAX 2006 e em outros locais) algumas novidades interessantes desta nova versão. Entre as novidades mais interessantes (das que podem ser contadas até o momento) estão:

Acesso a .NET via CFOBJECT/CreateObject: tal como já ocorre com o Java, o ColdFusion poderá acessar e interagir com objetos/componentes do .NET. Esta é uma importante novidade para aqueles que vinham sentindo falta de o CF suportar o “lado mal” da força, a tecnologia .NET. Note entretanto que isso não significa que o CF será uma aplicação .NET, tal como o BlueDragon for .NET. Ele continua sendo um servidor J2EE, porém capaz de consumir aplicações .NET de forma transparente e bastante simples. Não tenho detalhes com relação a performance, imagino que não seja um espetáculo. Ainda sim, independente da velocidade, é uma feature bastante desejável. Mais sobre isso em breve.

Server monitor e server monitor API: uma novidade que me agrada particularmente. O novo sistema de monitoramento de performance e estabilidade do CF deixa no chinelo muitos produtos terceirizados feitos para a mesma função em outros servidores J2EE (como Websphere e BEA Logic). É bastante completo, tem uma interface extremamente agradável e funcional e oferece inúmeras operações até então impossíveis, tais como finalizar um thread faminto que ficou travado por alguma razão, ver o que está acontecendo entre o banco de dados e o CF, entre outros. Tem ainda a possibilidade de controlar e acessar o server monitor através de uma API, de forma semelhante ao que já acontece com o CFAdministrator. Isso permitirá a integração do monitor a produtos externos tais como paineis de controle e sistema de monitoramento de disponibilidade. Os recursos são inúmeros, e alguns destes podem ser vistos com mais detalhes nesta apresentação de Ashwin Mathew.

Tags de manipulação de arquivos e formatos: anteriormente possíveis usando-se customtags e produtos externos, o CF8 deve trazer tags e funções para manipular imagens (cfimage), editar PDFs (não me refiro a criar, mas sim editar vários itens deste formato), criar e abrir arquivos zips, entre outras. Para compensar o atraso na disponibilização destes recursos/tags (compare com o BlueDragon, que já oferece muitas delas desde a versão 6) a Adobe recheou as opções existentes na forma de atributos e funções correlatas, tornando estas tags bem completas (comparadas às similares do BD e a qualquer produto de terceiros existente no mercado).

Existem outras coisas bem interessantes, relacionadas a segurança (mudanças em sandbox security e cfadministrator inclusive), suporte a novas plataformas e servidores J2EE (incluindo os de licença aberta), tags e funções para se trabalhar com AJAX, seguindo a premissa básica do CF: facilidade e velocidade de desenvolvimento (eu que não sei nada de JavaScript assíncrono nem tenho saco de aprender vou arrasar no AJAX com o CF…), integração com outros produtos da Adobe e mais um conjunto de novos recursos (e aprimoramentos) bem interessantes. Será uma versão com boas novidades, que justificam o pulo para o “8” ao invés de um 7.5, e a primeira com a marca Adobe. Devo dizer que estou um pouco mais animado depois do que vi no Alpha2 (mas infelizmente não posso ficar contando publicamente). Acredito que será um milestone importante para o produto e que devemos ficar atentos às novidades.

Hoje rolou a última reunião do ano no AUG-SP (o encontro foi transmitido via Connect/Breeze e gravado – o link será publicado em breve) e foi a primeira vez que pude encontrar e conversar (rapidamente) com o Terracini depois da ida dele a MAX. Eu não sei exatamente o que aconteceu em Las Vegas, se foi o jogo, se foram as luzes, se foi a magia daquela verdadeira disneylandia de adultos, mas os olhos do Terracini (que conheço há um tempinho) estavam um pouco diferentes, um pouco mais brilhantes (sem as tradicionais viadagens, por favor). Dava para sentir que ele trouxe uma energia e empolgação diferentes de lá (além da tradicional muamba tecnológica). Certamente por conta do que viu, ouviu e falou (sim, porque o cara não é mole, fez até apresentação!) na MAX. Há muito por vir nas mãos da Adobe.

Estou com os ânimos temporariamente reanimados depois da reunião de hoje e do (pouco) tempo que gastei brincando com o alpha2 (o alpha1 eu basicamente instalei e testei mal e porcamente, tinha poucas mudanças frente ao Mystic – 7.0.2, e eu simplesmente deixei ele rodando em desenvolvimento, sem me preocupar com detalhes, reportando um ou dois bugs). Vamos ver o que vêm por aí. Tentarei mantê-los informados apesar do sumiço e do pequeno número de posts sobre o assunto.


9 Comments on “ColdFusion 8 – Algumas novidades”

  1. Felipe Magalhães disse:

    Show cara! Já sabe que será aproveitado (e citado) para matérias de CF na W né!
    😉
    []’s e ficamos no aguardo do CF8!

  2. Fernando S. Trevisan disse:

    Bom ler isso, Alex. Bom, de verdade!
    [ ]’s

  3. Cai na Real disse:

    **** É fantástico as novidades do coldfusion ****
    Pena que dá pra contar nos dedos de UMA mão quantidade de empresas que usam no Brasil.

    Estou dizendo de empresas grandes de verdade, quanto as médias, é ainda mais medíocre e desconsiderável.

    Vc´s precisariam estar no EUA para falar tão bem de uma tecnologia que praticamente ninguém usa no país.

    Ah tah, tem uma meia dúzia de usuários finais que gosta de sofrer.

    Patético

  4. Alex Hubner disse:

    Neco (ou caia na real), não seja tão mal e desinformado. Existe sim um bom número de empresas usando ColdFusion no Brasil. Apenas para citar algumas (de cabeça): Embraer, Porto Seguro Seguros, VR Vales, Fundação Getúlio Vargas, StarOne, Terra (inclusive o portal chileno é todo em CF), Banco Itaú, Instituto Itaú Cultural, Correios, inúmeros ministérios e ógãos públicos, Petrobras, Suzano Papel e Celulose, General Motors, etc, etc (a lista vai longe).

    O problema é que o ColdFusion é um produto cujo perfil ainda é muito “enterprise”. Tem uma licença ligeramente alta e certamente não se enquadra num mercado de pulgas dominado por ASP e PHP. Uma coisa eu posso te dizer: se existem poucos programadores e poucos usuários de CF, estes certamente ganham mais do que os que programam em PHP e ASP (carne de vaca). Leia mais, interaja mais e procure saber mais sobre os números por trás do CF.

    Certamente, nos EUA ele é uma tecnologia bastante conhecida, mas justamente por não ser “de gratis” e carecer de material em português, o pessoal fica achando que é “patético”. Mas não é não. Informe-se melhor.

  5. Rodrigo Costa disse:

    Falou tudo e mais um pouco, Alex!

    Só acrescentando, a Embraer que é a maior empresa Brasileira em exportação, possui a maior comunidade de programadores em Coldfusion em uma unica empresa, e desenvolvendo ativamente!

    Copie os grandes e será um deles!

    Abraços e ótimo post!

  6. Juca disse:

    Opa,
    Visitei alguns desses sites e vi que estava os links com .asp, achei estranho. É integrado o cf com asp ou como funciona?

  7. Full Steamer Ahead disse:

    Alguma novidade com relação a compilação do flash form ? A interface utilizará os recursos disponíveis no Flex 2, como acontece hoje com a versão 1.5(compilação do flash form com base nos recursos desta versão) ?

  8. Caio disse:

    Estas novidades farão com que o coldFusion deslanche, desta vez sem preocupações porque atenderá tanto aos developers qto administradores.

    Todos ficaram satisfeitos.

  9. Caio Borges disse:

    Estas novidades farão com que o coldFusion deslanche, desta vez sem preocupações porque atenderá tanto aos developers qto administradores.

    Todos ficaram satisfeitos.